terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Ismo.


É
apenas
um instante
de perfeição, é
apenas um sopro.É
uma lógica caótica e
doce.Pausado no teu ego.
Curvado como quem reza diante
do que interessa, sem vento, sem talento.
Intuitivamente. Sem fórmula. Salta-se e é infinito

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

meu vinho, meu vício.

Acontece que o meu coração ficou frio
E o nosso ninho de amor está vazio.
Se eu ainda pudesse fingir que te amo,
Ah, se eu pudesse
Mas não quero, não devo fazê-lo,
Isso não acontece.

Vendo a vida passar, e sem muitos contentamentos,
vontade de parafrasear porque parece que nada vem de mim mesmo.
arrebatados pelos versos: “se desmorono ou se edifico se permaneço ou me desfaço, não sei, não sei, não sei se fico ou se passo.”
A vida tem corrido muito quieta e tranqüila, tudo no seu devido lugar?!. E isso tem incomodado como beijo gelado em meus tornozelos.
Não posso fingir, não mais.
Desejo vento e soluços, não quero que a vida passe por mim.
Não depressa como tem feito.
E eu, nesse sentimento de utopia casta e resignada.
Favelas e analfabetos correm pelo asfalto e bocas não tem o que comer, vejo tiros, AIDS e sexo pela TV,
todos estão em janelas com cara de fome. Carecas de saber que a morte está chegando
e meu amor definha.
Ele corre para algum lugar entre a madrugada e a erva fresca.
Distante de segurança e leite.
A noite é fria sem teu abraço
mas ele me sufoca e eu nem mesmo posso gritar, minhas cordas vocais
só sabem teu nome e me impedem de te dizer adeus.
Quero solidão e letras. O som da velha máquina de escrever.
Ali, do teu andar, era sossegada a noite e o mallboro era doce além de forte.
Queria voltar a ser ateu, a pichar os muros de bronze a revelar que abortei filhos e que já tive sífilis.
Sou tão mortal quanto qualquer um de vocês e tenho medo de não produzir bons poemas. Tenho
medo da chuva rala sobre meus pápeis e tenho medo de que minha única mulher tão amada descubra que me faz mal e bem.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Onde estão as flores?

Quando olhou para o quadro em branco sentiu um calafrio que lhe subiu pela espinha e terminou provocando um renitente tinnnnnnnn no seu cérebro.
– Que ano! - Que ano meu Deus!
Aquele quadro em branco representava bem o que ela queria sentir... Nada!
- Era isso que deveríamos sentir quando assim quiséssemos. Porque não existia um botão escrito on embutido em nosso corpo e ao tocá-lo pudéssemos esquecer tudo? O inferno é mesmo nossa consciência.
Sentada ali, naquele chão da sala, na qual tinha acabado de dar sua última aula do semestre .
Seus alunos foram embora para as férias. E ela ficou de pé, ao menos por alguns minutos. Mas, ao apagar o quadro... Ah, maldito quadro!
Foi ele quem fez todo o estrago.
– Como alguém resume sua vida a dar aulas? Sou uma boa professora, aliás, a melhor professora de Literatura Clássica do Estado, sou independente, dona do meu nariz. Sou muito bem sucedida.
Parecia uma solilóquia empunhando essas palavras como a uma espada afiada. Se levantando do chão, limpando a saia bege. Falando e falando, tentando se convencer de que tudo estava bem. Começou a recolher seus papéis e canetas, enxugando uma lágrima que teimava em cair. Organizou um pouco a sala, as cadeiras estavam todas fora do lugar devido à euforia dos alunos com o término das aulas. Estavam com pressa, pressa em ver o sol, de começar a tão esperada folga e liberdade.
Saindo da sala ela cruza com alguns colegas professores, um deles o Cícero que trazia pela mão uma criança sorridente cuja semelhança não negava ser sua filha. Não se atreveu a perguntar. Não queria puxar assunto. Tudo que desejava era resolver a burocracia de um fim de ano letivo e ir correndo para o estacionamento da faculdade. De preferência com um saco de papel na cabeça para que ninguém a reconhecesse e viesse chateá-la com sorrisos e despedidas.
– Meu Deus! Estou fugindo de sorrisos, no que eu me tornei? Tudo ajudado por essa TPM, só pode ser, ou então é esse clima nostálgico de fim de ano. Preciso anotar esses pensamentos para contar ao Heitor, ele sim vai me entender.
Heitor era seu psicólogo e amigo, também depois de todos esses anos de convivência quem não se tornaria amigo dela?
Heitor a achava engraçada, volta e meia ele tentava lhe dar alta, mas passada duas semanas, lá estava ela de volta com dois parafusos a menos, daí o que ele podia fazer? Era tentar consertar. Sabendo que tudo aquilo não tinha precedentes na psicologia, teria certamente que inventar uma nova terminologia médica para ela. Talvez algo como: fobia de se envolver. Estava quase deixando de ser ateu e entregando a cura dela para Deus, no mais era ouvi-la, lhe dar generosas doses de doces, aconselhá-la e esperar a próxima crise.
- Aí que droga! E essa caneta que não funciona? Nem anotar meus pensamentos eu posso! Como vou dizer ao Heitor? Preciso escrever para lembrar. Droga, droga!
Ela batia a caneta com força na mesa. Tão entretida com sua fúria, não percebeu a chegada do professor Nunes na secretaria. Ele estendia uma caneta vermelha há alguns minutos em sua direção e sorria vendo seu acesso de raiva. Por fim resolveu dar uma risadinha para que ela o notasse.
– Oi Nunes, brigada. Nem te vi entrar.
– Percebi isso, bom fique com a caneta é presente de Natal. Boas férias Doutora.
– Boas férias Nunes.
Só aceitou a caneta porque realmente precisava, há algum tempo passou a não gostar do Nunes. O seu jeito a incomodava, sempre convidando para voltar a freqüentar o Centro Espírita o qual ele fazia parte. Naquele momento ela estava avessa a qualquer tipo de espiritualização. Naquele momento. Pois suas inconstâncias a fizeram gnóstica, cética, espírita, católica, cética, ateia e cética novamente. Ela não entendia como algo Maior podia ajudá-la, nenhum santo, chá ou incenso podiam preenchê-la. Então melhor não freqüentar nenhum lugar.
-Do jeito que ando iria espalhar a incredulidade nos frequentadores do Centro. Melhor não, melhor era ficar em casa com minha novela, meus cd’s, depois um filminho de comedia pra descontrair.
Tudo anotado, notas dadas, agora é só sair à francesa. Apenas alguns metros até o estacionamento, depois casa.
– Ah, como quero minha casa e um banho! Pena que não tenho um saco de papel. Espero que a Tânia não venha me perguntar de novo se quero participar da confraternização dos professores. Todo mundo se alfineta o ano inteiro, pra depois se confraternizar. Não mesmo! Não tenho paciência. Que Deus me ajude a chegar até o carro.
Colou no rosto o melhor sorriso, do tipo: estou feliz, boas férias, mas não me parem pra bater papo. E chegou sã e salva ao estacionamento. Deixou a faculdade sem olhar para trás, sabia que teria que voltar em breve para reuniões. Então não tinha motivos para um adeus cinematográfico. Colocou um som no carro que a deixasse a vontade para chorar uma dor tão insana que não valia a pena ficar guardada. Oito quilômetros até em casa. Eram tantas as lágrimas que os lencinhos de papel que tinha no carro não deram conta. Decidiu parar na loja de conveniências para comprar mais e alguma coisa para comer. No corre-corre com o término do semestre não teve tempo de parar no supermercado esses dias. Estacionou ao lado do posto de gasolina e foi direto pegar os lencinhos, abriu o pacote, tirou alguns, secou o rosto e pôs o resto na cestinha. Pegou uns pacotes de batata fritas, uma caixinha de leite e uns chocolates. Chegou em casa com a cabeça estourando de dor, sempre que chorava ficava com dor de cabeça. Talvez por esse motivo evitasse tanto chorar.
Seu apartamento tinha uma decoração discreta e simples. Por mais que tentasse nunca conseguia deixá-lo a sua cara. Então resolveu se concentrar na decoração de seu quarto, mas mesmo tentando muito arrumá-lo ele ficou com cara de escritório bagunçado. Artélia, sua empregada, também tentou arrumar o quarto e a casa, mas depois de um tempo desistiu com o incentivo da patroa. Coitada da Artélia tinha que agüentar cada coisa. Uma hora não se podia fazer sobremesas na casa, era muito açúcar para uma quase diabética, outra hora nada de café, pois lhe tirava o sono, outra hora ela perguntava aonde estavam as sobremesas e o café. Mas Artélia já estava acostumada.
O apartamento era pouco visitado. É obvio que quando sua mãe aparecia sozinha e sem avisar, ela discretamente fazia sinais para Artélia lhe lembrar de um compromisso fictício muito antes combinado para essas emergências. Pois essa visita sempre enveredava por assuntos monótonos e invasivos. Quando não conseguia convencê-la de que realmente precisava sair, imaginava a mãe falando em slow motion para se divertir e o tempo passar sem se aborrecer. Ao final de cada conversa, a mãe sempre abria uma sessão de conselhos, o último era sempre: você precisa de um marido e filhos, por isso anda estressada e amarga.
– Certo mãe, eu vou tentar arrumar alguém, quem sabe um bem parecido com o seu pra me trair bastante até que morra em cima de mim depois de vinte nove anos juntos como aconteceu com você e isso me custe três anos de terapia caríssima.
E essa conversa terminava sempre gritada no corredor enquanto sua mãe entrava no elevador, com o aparelho auditivo previamente desligado para não ouvir mais desaforos. Depois tudo sobrava para a pobre Artélia.
– Por que você deixou a dona Margô entrar?
- Porque é sua mãe?!!
-Me faça lembrar de inventar algo e não recebê-la, por favor.
– A senhora sempre diz isso e no fim das contas sempre a recebe, eu é que não me meto mais.
– Eu e meu coração mole Artélia. Eu e meu coração mole.
Tirando de lado as visitas de Dona Margô a vida na casa era muito tranqüila. Artélia já estava lá há nove anos, conhecia todos os costumes e maus costumes da patroa. E como a conhecia bem, fingiu não ver suas lágrimas e disfarçou puxando assunto.
–Como foi hoje na faculdade?
– Normal.
– Pega esse leite e põe chocolate, vou tomar um banho e já volto.
Deixou as compras na cozinha e correu desesperadamente para o chuveiro. Embaixo dele podia chorar se contorcer que ninguém veria. O banheiro era seu refúgio. Tinha o hábito de se trancar nele antes de desabar.
E o choro de hoje era intenso e amargurado.
Choro de fim de ano, recheado com a cara da filha do Cícero, a distância que mantinha de sua mãe, o caixão do pai, o marido e os negócios bem-sucedidos da irmã que a impedia de estar mais perto dela. O amor de Heitor que ela rejeitava há anos...
E o sonoro não, dentro da frase: “não podemos mais continuar com isso” da professora de Ciências Sociais que ainda ecoavam em seus ouvidos.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Avesso


Acordei e fui procurar meu cachecol.
A viagem já estava marcada e os meus ajudantes a caminho.
Cinco em ponto.
Quando passaram sobre minha cabeça agarrei-me a eles e depois de algum tempo de viagem respirei fundo e me joguei.
Cai num rio bem pequeno.
Nolu fazia parte do meu roteiro há tempos. Lugar exótico, segundo outros exploradores. Havia poucos arquivos sobre o lugar e isso me instigou ainda mais para as explorações. Essa lacuna eu queria ser o primeiro a preencher. Sai de dentro do rio com os sapatos molhados, apanhei na bolsa lápis, papel e gravador. Mal dei os primeiros passos logo cheguei a uma pequena casa, nada convencional. Não era muito parecida com nossas habitações. O senhor que lá encontrei vivia suspenso numa casa que mais parecia uma crisálida. Não questionei, já havia me acostumado às novidades. Desde que me tornei um explorador me surpreender e ficar calado, observando, era minha especialidade. Ao me ver, ele desceu por uma espécie de teia e veio logo me interrogando. Expliquei que meu objetivo ali era apenas conhecer e catalogar o lugar. Ele ficou curioso sobre outras civilizações e me convidou para um chá. Explicava-me que ele próprio plantava e colhia, buscava água e fazia o fogo. Perguntei se todos os Nuluandos dominavam o fogo, pois era obtido de uma forma bastante curiosa. O senhor me mostrou duas esferas prateadas que ao se chocarem produziam faíscas que permaneciam acesas como um pequeno fogaréu até serem separadas novamente. Era assim que ele cozinhava. Pareceu-me óbvio que lá não haveria nenhuma espécie de combustível fóssil, ou algum outro artefato inflamável a não ser as tais esferas pratas as quais ele chamava de Dádiva. Não poderiam ter outro nome, pois se não fosse elas o que proporcionaria o fogo tão elementar para sua sobrevivência? Em minhas outras viagens conheci alguns lugares que haviam superado essa necessidade do fogo, mas em Nolu as Dádivas ainda faziam toda a diferença. Aceitei o chá e comi algo parecido com nossa maça. Perguntei sobre os demais moradores e a resposta se mostrou triste e cheia de mistérios. O homem me explicou que os outros moradores eram carrancudos, maus, egoístas e pretensiosos. Contou-me que quando ia pegar água, às vezes demorava cerca de quatro horas. Eu não entendi, já que havia percorrido a distância entre o rio e sua casa em poucos segundos. Resolvi não questionar e ouvir suas historias. O morador não utilizava a água do rio em que cai para o uso doméstico, aquele riozinho fornecia apenas água de beber. Então para ter água em sua casa tinha que ir ao outro extremo do lugar, porém era tão pequeno que continuei cheio de perguntas. Ele me explicou que andava bastante e demorava tanto porque sempre tinha que desviar das outras pessoas. Não gostava delas. Disse-me que agiam esquisito e tinham umas caras de dar medo. Ora eram agressivas ora eram hipócritas, além de tudo cochichavam quando o viam. Definitivamente não as tolerava e preferia evitá-las. Algumas vezes, me confessou, voltava para casa sem a água necessária de tão desgastante que era ter que ver todas aquelas pessoas. Por isso achava que eu não tinha muito que ver por lá. Nolu até então para mim se resumia a esses dois rios bem pequenos, aos cultivos de poucas frutas que o senhor mantinha e a sua casa.
Eu estava disposto a explorar, a conhecer esses tais carrancudos e quem sabe entendê-los. Minha curiosidade, assim como a de todos que passavam por Nolu e não entravam era principalmente do porquê o pequeno planeta brilhar tanto de longe. Eram tantas as luzes lá de cima que eu precisava saber o que era. Alguns estudos anteriores comprovaram que a luz era mais forte no horário da incidência dos raios de sol sobre o planeta. Pensei na possibilidade de Dádivas gigantes em algum lugar do planetinha, que ao se tocarem faiscavam e refletiam para todo o Universo. Agradeci a gentileza e fui à exploração, depois de alguns metros percorridos, percebi que não havia mais nada para ver. Não falei com nenhum morador, não haviam dádivas gigantes e eu não tinha mais nada o que fazer ali. Pedi aos meus ajudantes que viessem me buscar e lamentei por meu mais novo amigo. Nolu tinha apenas um morador. Todo o mistério se resumia aos vários espelhos espalhados por toda a parte.

terça-feira, 7 de julho de 2009


Aonde
estão os teus olhos
que nao cobrem
os meus
pés?
Diga a verdade...
Sinta o que é de verdade.
Voe.
Se jogue dentro desse amor que se esvanesce...
Sonde a eternidade dos adeus e siga..
Vida é esse momento de agora..
não há nada além disso.

terça-feira, 23 de junho de 2009

negrito


Medidas e pudores,
pulsação e mãos.
Poder tê-la...
Quem dera ouvir o barulho de seus chinelos.
Dos seus caprichos não sei nada.
Ouço apenas seus rumores de felicidade e alento.
Feliz.
Felicidade sem se importar com rosas em planetinhas.
Minha risada não significa nada pra ela.
Outra música a toca, outros prazeres ela tem.
Sentir saudades do que nem planejo, parece um tanto quanto hipocondríaco.
Minhas fantasias me levam pra perto.
Tudo ilusão talvez, mas minha mão quando tocou a sua se transformou num coisa que ainda não sei.
Metade de mim tem outro sentido agora.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Vida longa ao amor


Estava a pouco com uma amiga no MSN e no meio da conversa compartilhamos de um sentimento que nos pareceu tão grande que resolvemos expandi-lo. Não se trata de apologia ou política e sim de respeito. Respeito por nós mesmos acima de tudo. Por toda a humanidade. Por nosso coração. A indignação tomou proporção após as matérias nos jornais nacionais a respeito da Parada gay de São Paulo, nos dias que antecederam o evento os jornais veicularam a importância do evento para a cidade,o qual só perdia em potencialidade financeira e turística para a formula1, um dos esportes mais caros do mundo. A televisão nos mostrou os preparativos, os manifestantes e a festa em si. E o que restou após a Parada? Violência. Os participantes que se confraternizavam no Largo do Arouche, foram vitimas de uma bomba caseira. A festa acabou no hospital, na delegacia, num quarto escuro, num choro para muitos. Outros dois homossexuais foram espancados pelo fato de serem homossexuais. E ouvindo a entrevista do Delegado responsável pela investigação só nos restou o horror. Ele concluiu que não tinha como investigar o fato porque as vitimas envolvidas não prestaram depoimentos para dar pistas e assim cerrar os culpados na cadeia. Segundo o delegado, o largo do Arouche é um reduto de homossexuais ricos e eles não querem se expor. É ai que reside toda nossa indignação. Lógico que não vamos cobrar das pessoas que elas se assumam e corram todos os riscos que acham que não devem correr. É mais profundo que isso. Todos nós, de alguma maneira temos que lutar, gritar, correr pra um lugar melhor, nem que seja dentro de nós mesmos. Fingir que não estamos aqui não é a solução. Não iria me admirar se alguns de meus amigos retirassem essa postagem assim que a lerem, é mais fácil a curto prazo se omitir. E as conseqüências dessa omissão é a discriminação, a violência, sentimento de inferioridade, intolerância e armários. Teriam que haver milhões de armários para esconder tanta gente. Prefiro pensar que esse simples texto signifique pra nós chaves, chaves que abram mentes, portas de armários e de corações. A Parada Gay de Campina é apenas um reflexo da alienação de muitos. Os organizadores apesar de esforçados limitam-se a farra e a exposição por exposição. É uma opinião. Opinião vã de quem também não subiu no palanque. Prefiro acreditar no efeito formiguinha, todos em comunicação e se protegendo dentro de um formigueiro tolerante. Tenho visto muita coisa nesse universo universitário campinense, uma delas é que de jeito nenhum somos minoria. Daí, quando acabam as festas e as bebedeiras o que fica é o silencio e o medo. Cansei de ouvir das pessoas que estão com medo de se perceberem gays, Bi ou qualquer coisa que não siga as “normas”. Medo de que os amigos com os quais dividem apartamentos ao descobrirem não sejam mais tão amigos, medo dos pais saberem, medo de estarem errados, medo de ir pro inferno, medo, medo, medo. Eu lhe pergunto, pra onde vamos com tanto medo? Eu lhe digo, vamos caminhando direto pra um abismo de infelicidade. Não é preciso erguer bandeiras, é preciso se viver, sentir, buscar a felicidade a independência. Espero que essa independência financeira não seja ilusória. Não adianta ter grana pra se bancar se não tivermos também peito pra ser o que de verdade somos. Somos seres de amor e sem ele não vivemos. Ame. Ame com pressa. Ninguém merece se esconder pra sempre.

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Esse texto era para estar nos orkuts..mas ficou extenso e não pretendo diminui-lo.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

insustentável


Boca cheia de sorte.
Carente de lágrimas.
Firme são os rumores de bons tempos.
Espero, aguardo...
Esse tempo passa e é o velho mais certo do mundo.
Nunca falha, ele resolve...
Deixo-me...
em suas mãos.

terça-feira, 19 de maio de 2009

madeiraaaaaaaaaaaaaaaa



Quem somos afinal?
Alguém aí tem coração ou escrúpulos?
tu já se perguntou,
pra
que tu
serve?

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Cravo e muita canela.


afffff
afffoooo
afffoooogarrrrr
afooggarrrr-meeeee
em tudo
que te contém.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Acredito em fadas


Uma camisa de força...
Uma história de ninar.
Um artifício que cure o viajar acorrentado.
Conseguir não tocar, seria champanhe.
Entender os milhares de seres que existem num só.
Fagmentados numa oposição de cacos.
O velho sinal, feito um passageiro escorrre pela cor.
Cor de arco-íris.
Cemitérios ambulantes querem seduzir.
Flores, precisamos de flores e chaves.
Abrir as lúcidas e tristes porta-cabeças.
Acreditar num passo mais largo,
num passo em devaneios.
Observar os ladrilhos e tortos de um caminho, é entender o caminho.
Chegar...terá tanta graça?
Passagem, passageiro.
Buscaremos saudades e imperfeições.
Admitirei que torres são altas, e as quedas professoras gentis.

terça-feira, 31 de março de 2009

de um lado


diversão e Fingimento
correr e não Descansar.
Mil corpos correm e ganham, outros não correm e ganhar,
ganhar é um verbo fugidio.
É insensato pensar em paz.
Arquiteturas de cimento e ferro nos separam.
Irmãos?
A mão não balança as crianças.
Os ouvidos emudecem a sombra.
Sentir tornou-se pequenos goles de cólera.
Conversar é assunto de chuva nos elevadores.
Vontade de puxar uma cadeira e sentir e tocar.
Cimento e ferro nos cercam, mas por dentro somos todo carência e vontade de gritar.
Todas as mãos estão sujas...
ninguém se apressa para pegar sabão e aguá.
Usam os dedos sujos pra se apontarem sem ir adiante.
Uno.
Duo.
Quero a humanidade sã.
Amar não doí.
não precisa tanto medo, se toquem.
Desesperadas mães ainda andam para os partos.
Secretamente as crianças confabulam o conforto.
O vendedor quer comer e dormir.
A cigarra sente que é hora de parar.
As árvores abrigam.
Não precisa ter medo.
Toquemo-nos.
como quem não se verá mais.
Com a intensidade de mil raios.
Pra quê hostilidade?
Humanos
Sentem-se e sintam.
Cheirem. Aspirem um pedaço de flor.
Comam o ócio.
Suspirem....tenho fé.
Sacanagem é dar tiros no próprio pé.
Em frente, em marcha, terra a vista.
Haverá sentimentos nobres.
e doces.
e beijos.
e pessoas.
Acredito nelas.
Dito isso...
Sinta,
não existe
amanhãs.
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(À Sheysa)

domingo, 15 de março de 2009

paixão


Meu colibri entrou pela varanda
arrastou meus pesadelos e me fez feliz.
Não era pra ser..
Tornou-se.
Agora o medo de sentir se foi como fumaça do bule.
Meus braços estão fechados em volta da sua cintura.
A humanidade cresceu diante dos meus olhos como gigantes.
E uma pequena flor se abriu.
O asfalto já não é mais tão cinza,
nem minha janela está mais fechada.
Meu colibri entra e sai por ela, sabendo que pode voltar.
E voar, seu voo é o que tem de mais bonito nele.

domingo, 8 de março de 2009

dias das mulheres...

Elas colorem minha vida de um arco-íris que não tem nome.
São fortes, sensíveis e lindas.
Doam vida e pedem dela amor.
Importam-se com detalhes, com pétalas...
Sonham com tudo mais bonito.
Mulheres...
Descobrem, enfeitam, desfilam.
E ainda sim vivem por aqui, tornando tudo mais suportável e belo.

quarta-feira, 4 de março de 2009

era um Eu?

Olhar pra fora...
Boca seca.
Sereno batendo na cara como um tapa!
Ninguém quer ser magoado, atacado,
mas continuam a aparecer as vítimas sempre mais vítimas que todas juntas.
Besteira todo mundo faz, besteira maior é ficar sentado.
Procurar um lugar melhor e sempre.
Seguir apenas com pernas bambas ou não.
Fugas são decepções.
Andar...
Só ande.
Tem um lugar melhor, sempre tem.
As cicatrizes ficam, são só cicatrizes.
Elas não falam por nós.
Definitivamente estou indo, te deixo.
Preciso chegar.
Faz muito tempo,sobrevivi.
O pulo do abismo deu em asas abertas.
O voo é inevitável.
Inevitável.
Um pouco doído tudo isso, e a dor é o passo do depois do prazer.
Prazer em te conhecer...
Desconhecer.
Ego, ego.
Mais leve sem você.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

libertários


Queria mergulhar num poliamor
Sem cobranças, sem exageros demasiados...
Pureza e perfeição num único toque.
Abraço, beijo sem dúvidas e receios...
Sem querer nada em troca.
Sem ligação no dia seguinte.
Coração fala mais que todo compromisso.
Todas as cadeiras estão vagas, sentem-se.
Conversemos.
Distantes e próximos.
A melhor tribo é a o dos "sem posse".

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009


Extraconjugal
Como descrever a felicidade conjugal?
Com algo igual.
Precisa morder com aparelho e língua
Precisa ter a sua pinta(s)
E tem que ter cabelo emaranhado
Visões diferentes do mesmo prazer
Que vem quente e gela
E a tarde
Que desperta
Acorda os sentidos que andam meio tortos
Desconcertados
Cada quarto teu é o teu quarto
Para quê sonhar acordado?
Acordados não vemos a hora passar
O principio de toda felicidade é o toque
É o cheiro que não se esquece
Ainda mais quando anoitece
Terminado tudo, deixe as coisas quietas assim
Boca se entende com boca
Corpo com corpo
E todo o resto.........
Quem complica
É a mente



Rafa e Paula

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

tempo, tempo, time...


Eu só quero um segundo teu, num segundo meu.


Uma droga pra travar minha língua, que não te toca.


O tempo passa e eu espero o momento de dar o bote.


De morder sua carne e salivar.


Um segundo.


Um segundo pra o resto de nossas vidas.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Aperto F5...


Os
homens
se fizeram
fracos
para
não
perceberem
a força dos deuses.
Eles
nos concederam o
delírio para não nos soltarmos.
A
credi
to em anjos,
eles voam ao meu redor
como num fogo.
Quero uma bandeja, me sirvam felicidade.
Pra
onde
vamos
com
tanta
pressa?

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

deixo

Tem de tudo nos dois lados.
não quero ser cruel.
Só acho que as vezes devoro tudo demais.
Fique aí.
Te quero longe, com duzentos e oito tiros.
Descasca.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Alma

Hiolanda fez filhos, amigos, inimigos e uma carreira. Falava sobre todos os assuntos e se cuidava muito. Sempre preocupada com o quê combinava com o que na hora de se vestir. Usava batom, calças jeans, realmente algo não muito casual para a maioria das oitentonas. Oitenta anos. Dois filhos e uma filha, casados, bem sucedidos e ajustados. Hiolanda enterrou o marido há 20 anos atrás, sem saudosismos, lembrava-o constantemente para ter bem viva a certeza de não se casar novamente. De cabeça erguida seguiu pela vida, coisa que o finado não conseguiria se tivesse escapado do ataque fulminante do coração. Ela se refere a esse episódio como ataque fulminante de consciência e logo foge do assunto. Havia descoberto que ele a traia há dezoito anos. Depois de ter superado todos os contratempos, palavra essa que ela adorava usar como bordão de eufemismo, percebeu que já vivera tudo, que já havia visto e ouvido de tudo e concluiu que era hora de morrer. E morrer na hora determinada e dia marcado por ela mesma, em seus pensamentos via que todos os dias da sua vida foram dignos, nunca prejudicou ninguém, nenhum remorso. Falara mal de alguém? Sim, mas comentários muito merecidos, então submergida nessa ausência de culpas e pecados ponderou e achou muito justo decidir como, quando e onde morrer. Possuía sentimentos e aparência forte, coisas que um corpo magro e enrugado costumava camuflar. Era dotada de uma inteligência e língua muito aguçadas. Sabia todas as datas e fatos relevantes de cor. No auge das faculdades mentais e psicológicas, salvo algumas dores de velho, disse a si mesma: é hora de morrer! Se levarmos em consideração os anos, os oitenta anos vivido por ela, poderia se entender essa compreensão do já vivido, mas sempre tendemos a pensar que quem chegou aos oitenta quase sempre quer mais. Hiolanda como sempre inovadora percebeu o passar dos dias e suas conseqüências e certa de tudo determinou que era sua vez de partir. Nessa quarta-feira em sua casa não se ouviram histórias por ela contadas como de costume, o que viram foram diários e fotos espalhados datados de 30 anos atrás. Neles Hiolanda se viu ainda sem a sabedoria de agora e sem conclusões maiores, percebeu que a velhice lhe deu uma visão muito além. E as coisas ocultas naquela época agora lhe eram claras como água. Por algumas horas saboreou sensações que há muito não tinha, releu nomes e reviu quase todas as personagens de sua vida. E que vida! Se faltou alguma coisa, os anos preencheram cada lacuna e os livros a levaram às viagens que não fez de fato. Todo o saudosismo esgotou-se e guardou suas recordações no fundo do baú e do seu coração, olhou para os retratos em cima da mesa da sala de jantar, fragmentos imóveis de vida! E a idade lhe deu o conformismo sabiamente antes ignorado já que errar também é viver. Passou a mão na enorme e velha agenda e gastou um bom tempo na triagem dos nomes que ela gostaria de ter nos tributos póstumos em sua homenagem, pensou em ligar para alguns deles e logo abandonou a idéia, pois seria muito estranho ligar para as pessoas as convidando para seu enterro. E como falar para todos que lhe convinha morrer às 10h30min do próximo sábado? Realmente era excêntrico demais, até para Hiolanda. Pensou em muitas alternativas, e concentrada naquilo tudo nem percebeu o rosto interrogativo da sua filha que lhe servia de companhia, ao ver todos aqueles retratos, folhas antigas espalhadas e as atitudes da mãe. Hiolanda aproveitou para lhe dar a grande noticia: iria morrer no sábado, o sábado de aleluia. Calmamente ela lhe explicou todos os seus pensamentos e lhe garantiu que no sábado às 10h30min estaria partindo para sempre. O raciocínio lógico e frases feitas assustaram sua filha que após longo silêncio baixou a cabeça, sorriu e saiu num sinal enfático de reprovação. Aquilo tudo era assustador. A semana passara e Hiolanda nos seus últimos preparativos espirituais ocupava todo o seu tempo. Na manhã do sábado, apesar do aviso apocalíptico ela estava calma e sua filha disfarçadamente angustiada. Hiolanda se distraiu por alguns instantes com suas flores e quando voltou a si eram 10h28min, gritou sem desespero por sua filha pedindo-lhe a vela. Vela? Assustada e confusa, sem receber maiores explicações correu por impulso a procura da vela, acendeu e trouxe depressa colocando entre suas mãos. A velha ali sentada em sua cadeira preferida, ao lado de suas flores preferidas, se despediu da vida deixando um último sorriso.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

bem vindo ao ninho


Tua chegada trouxe flores para o meu coração.
Me acalmou, porque vi que pra crescer não precisa de pressa.
Seu choro me deu a esperança de que a vida se renova e prossegue
com um ritmo tão natural que nos espantamos.
E nesse momento único olhei bem dentro de mim.
E segurando sua pequena mão, tudo se fez terno.
Meus medos se foram e adentrou um fiapo de luz.
Destruímos tantas coisas com nossas próprias mãos,
mas ali com tua mãozinha na minha
entendi que o melhor é construir.
Enxuguei as lágrimas.
Risadas nas estrelas como no livro.

para Joãozinho(que acaba de nascer)


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

vai florescer....

A menina era toda proza com seu jeito de durona,
vi de longe e pensei: - eita tá difícil!
Não sabe acender cigarro com fósforos, ri alto, se veste engraçado.
Também tem os agravantes, gente que diz que sou isso e aquilo e gente que me diz que ela é assim assado.
Joana disse, que thereza disse, que sicrano disse que ela tá é por aí querendo se apaixonar.
Será?
Pra mim ela é...bacana.
Tinha tudo pra ser doido mesmo esse nosso encontro,mas fui desarmado e até exposto demais.
Quero acreditar que posso dizer: sou isso, já que sinto agora.
Eternidade é para as estrelas, eu desfilo.
Um outro dia quem sabe nos veremos de novo e ela me dará outras risadas pra eu guardar.
Afinidades surgem sem ter muito o que comentar.
Tem um pouco de preto no branco e um pouco de branco no preto.
Deixo só rolar.
Mas quando ela pegou aquele violão meu sangue fugiu e se escondeu lá longe.
Parece que viu tudo de rabo de olho e não quis tocar samba,
nem essa coisa de rock, nem nada.
Pegou outro cigarro e cantou.
Deixou minha noite descansar

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Quando o sal toca a terra ela se purifica de si mesma.
Penetra por poro a dentro uma força quase que mágica.
De onde vem tanta força?
Achei que tudo tinha se perdido a tempos atrás.
Teu cheiro me invadiu e fiquei cega e surda.
Tapada por um cata-vento.
Olhei lá pra baixo, noite fria e sem graça.
Tanto excesso de nada!
Que bobagem ficar calada.
O menino de boné laranja quebrou nossa janela.
Não vou consertar, vou deixar o tempo e o calor entrar.
Preciso de algo que perdi, não sei se flores ou foi minha memória?
Queria um estalo profundo que me fizesse respirar.
A rosa-dos-ventos tem cor de opala, quero dormir.
Sonhar talvez me faça bem.
Acordada fico boba de novo, com seu movimento.
Pára balanço, calminha.
Desejo pés no chão, não suba de uma vez.





terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Mas, só assisto a você passar....

Mudanças ocorreram nesse tempo sem-chão!
Busquei a sanidade e a sua mão,
sei que as vezes o medo cria um véu turvo em mim.
Preciso desse silêncio.
Sobrevivo dele.
Mas o verão chegou, abriu seus raios sob minha cabeça.
Me fez ver o seu anti-querer.
A lagartinha se fez casulo, que se fez asas...
O tempo está passando pra mim e ele é veloz.
Não quero ficar parada enquanto ele passa, quero ir a frente dele.
Sentir que não sou mais quem fui.
Senti que as melhoras vieram e me adaptei a elas.
Sem dor, sem relutar.
Não faz mas parte de mim o egoísmo, nem o choro convulsivo.
Os olhos de ressaca deram lugar a um outro par...que são de vento.
Correndo pra bem longe do caos.
E quando paro é só pra me abaixar e pedir desculpas ao meu passado.
Que bom receber perdão, gentileza que só os príncipes concedem.
Quando os peixinhos do mar morrem, eles renascem no ar em forma de algodão.
Renasci e quero seguir só comigo só!
Assisto a você passar, queria te dizer que não é por aí o caminho,
mas a bússola só é achada quando caímos na nossa própria desgraça.
Que os moinhos de vento sejam apenas moinhos, como bem previu o fiel escudeiro.
O Dom maior que temos é o de voltar e reparar os erros!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Não vou te soltar a não ser que você queira
Gosto da presença de todos que passaram por mim e não me fizeram mal
Cortei meu dedo ontem...
e a dor foi aguda e breve!
Te liguei reclamando abrigo...
E um lugar só meu em você.
Foi tudo significante.
Todos os sustos (Bú)
todas as línguas...
língua imantada por desejos.
Fique na minha vida de alguma forma.
O acaso só faz história se masclado com a vontade.
Tenho vontade de voar até ai..
E se ela quer voar é porque tem asas não é?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

é o que interessa

Todas as minhas atitudes têm um "q" de intensidade.
Esse é e será sempre meu maior defeito e minha melhor qualidade.
" Sede intenso!".Assim caimos e nos levantamos com a mesma rapidez.
Inferno e céu..poesia..
Furacão de beijos e sentimentos irremediáveis.
Para amar só basta ficar de pé, sem receios.
Quero todo o amor, toda a felicidade e de troco toda a sorte do mundo.
Não quero julgamentos, eles se tornam irrelevantes com o passar do tempo.
Noites em claro?! Só se for a dois.

Gosto é de abraços, arrebento a porta se for preciso, e "quando eu olhar pro
lado, eu quero estar cercado só por quem me interessa"

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

risos

Meu riso de volta de uma forma suave...
Voltou pra casa, pros meus lábios.
Saboreio como quem come maça,
fruto de todo pecado...
Felicidade é simplicidade,é coração aberto e limpo.
Crianças no meu jardim...
Gnomos na calçada..
Visitas plasmadas a amigos distantes.
Distância não existe quando almas se comunicam...
Faço o possível e o impossível pra continuar assim
serena, calma e amando tudo que tenho e o que virei a ter..
não quero muito, só a felicidade plena.